Uma em cada três crianças brasileiras, de 5 a 9 anos, tem excesso de peso.
Muitas mães dizem estar satisfeitas porque o filho está gordinho, saudável. Mas, dependendo do peso da criança, o motivo de orgulho pode ser um sinal de alerta contra os perigos da obesidade infantil, uma doença que traz consequências graves.
O excesso de gordura corpórea pode causar diabetes, hipertensão e elevação dos níveis de colesterol e triglicérides, independente da idade. Doenças que exigem tratamento médico e exames clínicos que devem ser monitorados periodicamente.
O índice de crianças obesas aumenta a cada ano. “Aqui no Brasil, nos últimos cinco anos, o percentual de crianças menores de 5 anos de idade com sobrepeso aumentou em quase 3%”, afirma Marcia Mourão.
Dados coletados pelo HELPLIFE, baseados em estatísticas do IBGE, apontam que uma em cada três crianças brasileiras, de 5 a 9 anos, tem excesso de peso. Algumas projeções mostram que, no prazo de 10 a 15 anos, o padrão de crianças e adolescentes brasileiros pode chegar ao americano. “Nos Estados Unidos, dois terços da população e um terço dos adolescentes estão com excesso de peso”, afirma.
De acordo com especialistas, o número de pacientes infantis com problemas causados pela obesidade tem aumentado. Por exemplo, os médicos alertam para os casos de diabetes Tipo 2, geralmente causada pela obesidade. E estudos revelam que filhos de pais obesos têm maior chance de apresentar obesidade. “Mas o fato não está relacionado apenas à questão genética, mas também à influência dos hábitos alimentares e culturais da família”, diz Marcia.
O combate à obesidade exige reeducação alimentar, prescrita por nutricionistas, e acompanhamento médico para controlar os índices de açúcar e gordura no organismo. A necessidade de agendar consultas médicas periódicas e controlar os exames laboratoriais requer disciplina e organização dos pais. O que muitas vezes não é fácil na rotina agitada dos adultos.
Fonte: http://www.helplife.com.br/Materia.aspx?idMateria=946. (COM ADAPTAÇÕES)