Por Daniele Torres
"É importante que as refeições sejam momentos descontraídos, agradáveis e prazerosas", afirma a psicóloga Maria Cristina Capobianco
Hoje em dia pais têm adotado uma filosofia que procura alimentos naturais para as refeições dos pequenos. Uma boa saúde depende de hábitos alimentares sólidos que em geral se estabelecem nos primeiros anos de vida. As crianças apreendem não somente pelo que lhes é ensinado verbalmente, mas também por imitação: observam seus pais e tentam imitá-lo.
A repulsa por verduras e frutas frequentemente repete comportamentos vistos em casa, na TV ou em casa de amigos. "Se os pais comem e mostram prazer em ingerir verduras, saladas e frutas, seus filhos tentarão imitá-los. Porém, se são feitos comentários sobre estes alimentos que os descrevem como amargos ou desprazerosos, a criança captará isso rapidamente", explica a psicóloga Maria Cristina Capobianco.
O prazer deverá acompanhar as refeições, então é importante deixar as preocupações com modos para mais tarde e incentivar o prazer na refeição. Preparar comidas que eles possam pegar com as mãos, nos primeiros anos estimula as atividades motoras finas. Nesse sentido, é importante que as refeições sejam momentos descontraídos, agradáveis e prazerosas.
Algumas famílias adotam filosofias alimentares bastante rígidas que, apesar de estarem baseadas em princípios saudáveis ou religiosos, às vezes entram em conflito com a experiência das crianças que encontram amiguinhos que têm refeições diferentes. Neste caso é importante ressaltar a diversidade.
Na medida em que a criança cresce e se torna mais autônoma, ela questiona para se sentir "mais dona de seu nariz" e tenta fazer o oposto daquilo que lhe é pedido, ou seja, adota uma potura "do contra". Nestes casos, é impotante tentar deslocar esta luta de forças para outra arena que não seja a alimentação.
"É natural que os filhos transgridam as dietas impostas pelos seus pais, e nestes momentos os pais precisam ser tolerantes e compreensivos, interpretando que esta discordância talvez tenha muito mais a ver com uma necessidade de fugir do controle e de tentar se apropriar de suas vontades e desejos", explica a psicóloga.
O ideal é deixar que os filhos descubram por si sós qual dieta quer seguir, apesar disso despertar muita angústia nos pais, é recomendável não perder a calma, tentar mostrar para a criança as vantagens de uma outra dieta. A imposição tenaz de um regime alimentar pode causar trangressões escondidas e na medida em que a criança oculta muitos segredos dos seus pais o diálogo aberto e espontâneo pode desaparecer transitoriamente, e se continua a tensão entre os pais e os filhos, em relação à comida, talvez o diálogo se interrompa por mais tempo, afirma a psicóloga.
Fonte: Revista SUPERTV
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
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